sexta-feira, 13 de outubro de 2023

Balanço do XIII Encontro

   Tal como havíamos anunciado, nomeadamente no "post" anterior, decorreu no passado dia 7 de Outubro de 2023 o XIII Encontro dos Antigos Alunos, Professores e Colaboradores do Colégio de Medelim.

   O Encontro decorreu de acordo com o Programa previamente anunciado e divulgado e serviu, uma vez mais, para um salutar convívio entre antigos colegas. Como vem já sendo hábito, todos os anos aparecem colegas que pela primeira vez se juntam ao evento, sendo que este ano tal voltou a acontecer, pelo que se assistiu ao reencontro de jovens já na casa dos 70 anos que não se viam desde a sua adolescência.

   Não será pois de admirar que a alegria foi muita e as emoções transbordaram.

   Para que estes eventos continuem existe já uma Comissão encarregada do XIV Encontro, composta por três antigos alunos que se voluntariaram para assumirem a sua Organização. São eles:

   * José Rodrigues Boino - Monsanto;

   * António Canilho - Penha Garcia;

   * José Correia Antunes - Penha Garcia.

   Desejamos à nova Comissão as maiores felicidades no desempenho das suas funções.

Para terminar deixamos aqui duas fotos do grupo, tiradas pelo fotógrafo Antero Santos, uma em Medelim, aquando da recepção pela Junta de Freguesia e outra em Proença-a-Velha, no Recinto do Senhor do Calvário.


terça-feira, 5 de setembro de 2023

XIII Encontro

Boletim Nº 3, com Programa Final e Ementa do Encontro a realizar no dia 7 de Outubro de 2023.

segunda-feira, 10 de julho de 2023

 Já temos mais novidades sobre o XIII Encontro, como se pode ver no Nº2 do Boletim, o qual publicamos abaixo.

Agradecemos a todos os nossos leitores que divulguem junto de antigos colegas do Colégio, quer sejam antigos estudantes, professores ou colaboradores. 
Marcamos encontro para o próximo dia 7 de Outubro de 2023.


quarta-feira, 8 de março de 2023

Boletim Nº1.1

Na preparação do XIII Encontro/Convívio, procedemos ao lançamento do "Boletim Nº1.1", com informação complementar.

Apontem já nas vossas agendas o dia 7 de Outubro de 2023.

Contamos com todas(os)





quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

CRÍTICA AOS ALUNOS FINALISTAS 1972-73 EXTERNATO DE NOSSA SENHORA DO INCENSO e EXTERNATO DO SENHOR DO CALVÁRIO

 Foi há precisamente 50 anos, acabadinhos de fazer... 

   No dia 4 de Fevereiro de 1973, no Salão da Casa do Povo de Penamacor, pelas 21:00, realizou-se a récita de Finalistas dos Colégios: Externato Nossa Senhora do Incenso, Penamacor e Externato Senhor do Calvário de Medelim. ( O então Curso Complementar dos Liceus, antigos 6º e 7º anos funcionava com turma mista, incluindo os alunos de Medelim e de Penamacor).

   Como era habitual a récita incluía uma espécie de rábula, com quadras satíricas dedicadas a todos os alunos finalistas, neste caso, como sempre acho eu, escritas pelo Eng. António Ressurreição. 
   Os apresentadores foram a Eva e o Milheiro e as quadras, as que se seguem:

          I
P'ra começar eis o Pinto
que é um galinho de truz
sempre a arrastar a asinha
à colega Lurdes Cruz.
          II
O João Adolfo há sete anos
que anda por cá a brincar
estuda na véspera do exame
e lá se consegue safar!...
         III
Chegou a vez da Adelaide
neste palco penetrar
será o Gil ou o Adolfo
que a vai levar ao altar?
          IV
O Rocha é bom rapaz
no futebol fez furor
a brincar meteu no bolso
cá o nosso Director...
          V
Da Escola de Castelo Branco
veio o Gil de boa-mente
No teatro não dá nada
não saíu ao Gil Vicente.
          VI
O coração do Carvalho
despedaçou só com tretas
pois parece que a Fátima
gosta bem mais do Manecas.
          VII
No Baile dos Finalistas
muita gente a mim me disse
que o Farinha com aquele cabelo
merecia ter sido a Miss...
          VIII
O Maio é campeão
na teoria e na prática
é o orgulho da malta
com aquele 20 a matemática.
          IX
A Luísa vem agora
e quer ela deixe ou não deixe
todos vão aqui saber
que tem uma paixão pelo Peixe.
          X
O Seguro, o Pinga-amor,
é o terror das garotas
que até já bulham por ele
olha que grandes marotas.
         XI
O Raposo veio agora
dizem que tem umas lecas ...
é por isso que nas aulas
ninguém o bate em sonecas.
          XII
Lurdes Cruz já quis voar
para França, eu não minto
mas caiu de para-quedas
sobre as asinhas do Pinto.
          XIII
Ver Lisboa no colégio
é uma coisa de encantar
vai pedir a S. Miguel
para e Matemática passar.
          XIV
O Filipe em futebol
dá uns toques, joga bem
Mas prá fazer o 5º ano
terá que estudar também.
          XV
Da Natália nada digo
Quer vocês queiram, quer não
Não critico as rainhas
pois não quero ir para a prisão.
          XVI
No gamão ninguém o bate
em coboiadas nem se fala
é por isso que o Amaral
dá falta a tantas aulas.
          XVII
Sempre galã prás garotas
sabem quem é, bem o creio,
vem aí a toda a pressa
 o mano Pinto, o do meio!
          XVII
Boa aluna e boa moça
A Leontina não erra
ao escolher para marido
O Pires Marques lá da terra.
          XIX
O Zé Júlio, bom rapaz,
que em história bem sabeis
esteve quase a dispensar
com média de zero vírgula seis.
         XX
Há dias cá pelo Colégio
houve notícia de estrondo
tinha regressado à base
o “fadista” do Carrondo
        XXI
O Adelino é bom rapaz
caladinho, não diz nada,
mas há quem diga par'aí
que ele as faz pela calada!
       XXII
A Celestina não veio
no Sábado à apresentação
o papá não é p'ra graças
e deu-lhe com o cinturão
       XXIII
E vou-vos apresentar
o Zé Manel desta vez
grande herói da célebre história
de D. Pedro e D. Inês
        XXIV
Com uma Eva tão linda
e aqui mesmo à mão
quem me dera que ela quisesse
que eu fosse o seu Adão
         XXV
Não me levas, meu amigo,
nem que cantes de poleiro
eu já tenho o meu Adão
nada quero do Milheiro.

Há alguns destes colegas que nunca mais voltei a ver, há outros que, infelizmente, já nos deixaram... Para todos, um abraço de saudade do João Adolfo, 50 anos depois!



sexta-feira, 5 de agosto de 2022

 A pedido do Domingos Pousinho, da Comissão Organizadora, aí fica o Cartaz e Programa do XII Encontro dos Antigos Alunos, Professores e Colaboradores do Colégio de Medelim, a realizar no próximo dia 8 de Outubro de 2022.

As Inscrições estão abertas. (ver Cartaz)

XII Encontro


quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Quem não o ler fica mais pobre.........


Do Mural de Lourdes dos Anjos......
Um dos textos que mais me custou a  escrever e por isso tem mais lágrimas do que palavras.
“Estávamos ainda no século XX, no longínquo ano de 1968, quando a vida me deu oportunidade de cumprir um dos meus sonhos: ser professora. Dei comigo numa escola masculina, ali muito pertinho do rio Douro, na primeira freguesia de Penafiel, no lugar de Rio Mau.Era tão longe, da minha rua do Bonfim, não podia vir para casa no final do dia, não tinha a minha gente, e eu era uma menina da cidade com algum mimo, muitas rosas na alma, e tinha apenas 18 anos. Nada me fazia pensar que tanta esperança e tanta alegria me trariam tanta vida e tantas lágrimas. Os meninos afinal eram homens com calos nas mãos, pés descalços e um pedaço de broa no bolso das calças remendadas.
As meninas eram mulheres de tranças feitas ao domingo de manhã antes da missa, de saias de cotim, braços cansados de dar colo aos irmãos mais novos, e de rodilha na cabeça para aguentar o peso dos alguidares de roupa para lavar no rio ou dos molhos de erva para alimentar o gado.
As mães eram mulheres sobretudo boas parideiras, gente que trabalhava de sol a sol e esperava a sorte de alguém levar uma das suas cachopas para a cidade, “servir” para casa de gente de posses. Seria menos uma malga de caldo para encher e uns tostões que chegavam pelo correio, no final de cada mês.
Os homens eram mineiros no Pejão, traziam horas de sono por cumprir, serviam-se da mulher pela madrugada, mesmo que fosse no aido das vacas enquanto os filhos dormiam (quatro em cada enxerga), cultivavam as leiras que tinham ao redor da casa, ou perto do rio e nos dias de invernia, entre um jogo de sueca e duas malgas de vinho que na venda fiavam até receberem a féria, conseguiam dar ao seu dia mais que as 24 horas que realmente ele tinha. Filhos, eram coisas de mães e quando corriam pró torto era o cinto das calças do pai que “inducava” … e a mãe também “provava da isca” para não dizer amém com eles…E os filhos faziam-se gente.
E era uma festa quando começavam a ler as letras gordas dum velho pedaço de jornal pendurado no prego da cagadeira da casa…o menino já lia.. ai que ele é tão fino… se deus quiser, vai ser um homem e ter uma profissão!
Ai como a escola e a professora eram coisas tão importantes!
A escola que ia até aos mais remotos lugares, ao encontro das crianças que afinal até nem tinham nascido crianças…eram apenas mais braços para trabalhar, mais futuro para os pais em fim de vida, mais gente para desbravar os socalcos do Douro, mais vozes para cantar em tempo de colheitas.
E os meninos ensinaram-me a ser gente, a lutar por eles, a amanhar a lampreia, a grelhar o sável nas pedras do rio aquecidas pelas brasas, a rir de pequenas coisas, a sonhar com um país diferente, a saber que ler e escrever e pensar não é coisa para ricos mas para todos, para todos.
E por lá vivi e cresci durante três anos e por lá fiz amigos e por lá semeei algumas flores que trazia na alma inquieta de jovem que julgava conseguir fazer um mundo menos desigual.
E foi o padre António Augusto Vasconcelos, de Rio Mau, Sebolido, Penafiel, que me foi casar ao mosteiro de Leça do Balio no ano de 1971 e aí me entregou um envelope com mil oitocentos e três escudos (o meu ordenado mensal) como prenda de casamento conseguida entre todos os meus alunos mais as colegas da escola mais as senhoras da Casa do Outeiro. E foi na igreja de Sebolido que batizou o meu filho, no dia 1 de janeiro de 1973.
E é deste povo que tenho saudades. O povo que lutou sem armas, que voou sem asas, que escreveu páginas de Portugal sem saber as letras do seu próprio nome.
Hoje, o povo navega na internet, sabe a marca e os preços dos carros topo de gama, sabe os nomes de quem nos saqueia a vida e suga o sangue, mas é neles que vai votando enquanto continua á espera de um milagre de Fátima, duns trocos que os velhos guardaram, do dia das eleições para ir passear e comer fora, de saber se o jogador de futebol se zangou com a gaja que tinha comprado com os seus milhões, e é claro de ver um filmezito escaldante para aquecer a sua relação que estava há tempos no congelador.
As escolas fecharam-se, os professores foram quase todos trocados por gente que vende aulas aqui, ali e acolá, os papás são todos doutores da mula russa e sabem todas as técnicas de educação mas deseducam os seus génios, os pequenos /grandes ditadores que até são seus filhinhos e o país tornou-se um fabuloso manicómio onde os finórios são felizes e os burros comem palha e esperam pelo dia do abate.
Sabem que mais?!
Ainda vejo as letras enormes escritas no quadro preto da escola masculina, ao final da tarde de sábado, por moços de doze e treze anos com estes dois pedidos que me faziam: “Professora vá devagar que a estrada é ruim, e não se esqueça de trazer na segunda-feira, papel macio pró cu e roupa boa dos seus sobrinhos prá gente”.
Esta gente foi a gente com quem me fiz gente.
Hoje, não há gente… é tudo transgénico .
O povo adormeceu à sombra do muro da eira que construiu mas os senhores do mundo estão acordadinhos e atentos, escarrapachados nos seus solários “badalhocamente” ricos e extraordinariamente felizes porque inventaram máquinas e reinventaram novos escravos.
Dizem que já estamos no século XXI...”

quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

 
Subject: Fwd: DEPUTADOS INGLESES - PARA DIVULGAR.
 
 
 
 
A isto é que se pode chamar verdadeira democracia....
Só tenho a acrescentar que o número de assentos é inferior ao número de deputados, de modo que, quem chega tarde fica de pé. O resultado é que nas votações importantes, os deputados que querem ficar sentados, fazem bicha começando às 6 da matina à porta do Parlamento para registarem a ordem de chegada.
DEPUTADOS NO REINO UNIDO

Não é de estranhar, mas é interessante saber... como tudo é diferente...

Os deputados do Reino Unido, na "Mãe dos Parlamentos",

1 . não têm lugar certo onde sentar-se, na Câmara dos Comuns;
2 . não têm escritórios, nem secretários, nem automóveis;
3 . não têm residência paga pelos Contribuintes (pagam pela sua casa em Londres ou nas províncias) - Detalhe: e pagam, por todas as suas despesas, normalmente, como todo e  qualquer trabalhador !
4 . não têm passagens de avião gratuitas, salvo quando ao serviço do próprio Parlamento;
5.  E o seu salário equipara-se ao de um Chefe de Secção de qualquer repartição pública !

Em suma, são SERVIDORES DO POVO e não PARASITAS do mesmo.

A propósito, sabiam que, em Portugal, os funcionários não deputados que trabalham na Assembleia têm um subsídio equivalente a 80 % do seu vencimento ?

Isto é, se cá fora ganhasse 1000,00 €, lá dentro ganharia 1800,00 €.

Porquê ? Profissão de desgaste rápido ???
 
E por que é que os jornais não falam disto ? Porque têm medo ? Ou não podem ?



Deputados ingleses... Divulguem ! 
E, se calhar, não conseguem meter lá membros da família ! 





sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

Novo Livro do Elias

Aqui fica o convite/notícia do lançamento de um novo livro do Elias Martins Vaz.
Tal como se diz no convite o livro tem por título: "Memórias da 1.ª  Invasão Francesa (Radiografia de um Manuscrito)" e a parte nuclear do livro baseia-se num "manuscrito" redigido por um eclesiástico  testemunha ocular), onde se relatam, detalhadamente, as atrocidades cometidas pelos franceses em  Castelo Branco e povoações vizinhas na 1.ª  Invasão, comandada pelo general Junot (1807/1808).
Parabéns ao Elias por mais esta sua obra de investigação sobre a  nossa história e a história da nossa região.

terça-feira, 1 de outubro de 2019

Fotos do XI Encontro

Aqui ficam algumas fotos do nosso XI Encontro realizado na Senhora da Azenha.
Aproveito para felicitar e dar os parabéns à Comissão pelo excelente dia que me proporcionaram.




  
    


  

  
  
  
 



domingo, 1 de setembro de 2019

XI Encontro - Convite

Clique para ampliar
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Acabadinho de chegar...
Aqui fica o convite para o XI Encontro a realizar no próximo dia 28 de Setembro de 2019.
Para ampliar clique sobre a imagem, ou então aqui.
Inscrevam-se.

terça-feira, 20 de agosto de 2019

António Barreto's Blog


August 18, 2019

Grande Angular - Ameaças

Desde 1975 que não se assistia a ameaças tão contundentes à liberdade de expressão, aos direitos de informação, associação e à greve.Ter uma opinião sobre os imigrantes, as minorias, a integração racial, o multiculturalismo, o racismo e temas afins é hoje uma actividade perigosa! Se as opiniões não forem o que está consagrado pela aliança do governo, podem ser motivo de processo-crime, hipótese que se traduz em verdadeira intimidação. Anuncia-se já uma revisão das leis que regulam “os discursos de ódio”, designação perigosíssima, próxima de outras utilizadas pelos regimes fascistas, nazis e comunistas!Reunir em Portugal movimentos e partidos políticos de direita ou de extrema-direita, provavelmente de conotação fascista, eventualmente de crenças racistas, pode ser actividade de risco e incorrer em intimidação, agressão pura e proibição legal.Exprimir opiniões contrárias a certas instituições sagradas, como sejam os clubes de futebol, é uma actividade perigosa, propícia a acabar nos tribunais. Também aqui, não se sabe ainda o que estes decidirão, mas a carga de intimidação está preparada. Desenvolver actividades sindicais que não sejam do agrado do governo e da sua aliança, pode levar a situações muito delicadas, como tem acontecido com as greves dos camionistas não conformados com os estabelecidos.Uma greve conduziu, com rapidez inédita, a uma requisição civil atrevida, acompanhada da mobilização imediata das polícias e das Forças Armadas, em gesto muito ameaçador. O governo pôs-se a jeito para aproveitar o vento e virar a seu favor os receios de uma perturbação gigantesca da vida quotidiana. Mas a verdade é que o desvario de um sindicato não justifica nem desculpa os desmandos do governo.O PS está a mudar. Perigosamente. Está a ceder às esquerdas radicais, antidemocráticas ou totalitárias. As mais profundas convicções democráticas e liberais que marcaram o carácter do PS estão a sofrer uma erosão manifesta, causada pelo apetite de poder e pela influência ideológica do Bloco.Ademocracia é o regime de todos, incluindo dos antidemocratas. A democracia defende-se com o bom governo, o reconhecimento dos cidadãos, a identificação com os valores do regime e a atenção prestada pelos dirigentes às necessidades do seu povo! A democracia não se defende com propaganda, muito menos com proibições de pensamento e de opiniões. A Justiça e a democracia castigam acções, não intenções. São punidos os gestos e as obras, não as opiniões. Os crimes são actos, não discursos.A democracia é o regime de toda a gente, incluindo racistas e xenófobos. Todas as idades, raças, géneros, opções e condições cabem dentro da democracia, nenhuma pode ser expulsa. Ninguém é criminoso ou pode ser proibido pela sua opinião. Mesmo os insultos são permitidos. Se forem calúnias, deverão ser tratados como actos, não como opiniões.A democracia admite a diversidade e a diferença. O conflito e a polémica. A democracia não permite que se castigue quem é diferente. Mas não admite que as diferenças cheguem à violência, à eliminação dos outros, à tortura, à mutilação, à segregação violenta e a todas as formas que implicam infracção à lei, comportamentos ilícitos e violação de direitos dos outros. A democracia admite o preconceito, a estupidez e a presunção racial, desde que sejam opiniões. Traduzidos em actos, a violência sobre minorias, a segregação, a tortura sob qualquer forma, a expulsão de local público, a mutilação e o mercado de seres humanos são merecedoras de punição. A democracia admite todas as formas de ambição e de utopia, sejam a revolução social, a restauração nacionalista, o apostolado cristão, o proselitismo muçulmano e a pregação de qualquer outra forma de convencimento, desde que não se traduzam em actos violentos e atentatórios dos direitos de outros.A democracia é um corpo simples de princípios e de convenções que pode coexistir com várias ideologias e filosofias políticas. A democracia não proíbe opiniões. Nem religiões ou crenças. Nem credos nacionais. Nem aspiração revolucionária. Mesmo sabendo que o nacionalismo pode violentar, que a revolução mata, que a religião pode torturar e que as utopias podem coagir: enquanto forem opiniões, a democracia não pode proibir.Aliberdade de expressão parece ser actualmente o valor mais ameaçado. Estranhamente, há em Portugal quem se queira notabilizar nesse esforço de condicionamento. Os socialistas, as esquerdas e certas minorias étnicas ou religiosas revelam reflexos perigosos de intolerância, como se a intolerância dos outros e a do passado justificassem a deles. E rapidamente recorrem à tentativa de condicionar a liberdade de expressão.Convencido de que o seu ADN é um salvo-conduto para a democracia, o PS português está a perder qualidades. Dá sinais de aceitar que existem limites severos à liberdade de expressão, de que as Forças Armadas podem intervir em conflitos laborais e de que os tribunais são bons substitutos para a arbitragem e a negociação. Em questões como a segregação racial, o racismo, a desigualdade étnica e social, o assédio sexual e a violência doméstica, os socialistas estão a considerar crime o que muitas vezes é mera afirmação ou opinião.Por sua própria iniciativa, porque julgam que a autoridade dá frutos eleitorais, porque cedem às influências do PCP e do Bloco, os socialistas estão a mudar de pele. Estão a deixar de entender que a democracia é de todos, mesmo dos antidemocratas. Que a tolerância é de todos, mesmo dos que o são pouco. Estão a torcer o direito à greve e a comprimir a liberdade de expressão. Estão a chamar as Forças Armadas para se envolverem em lutas sociais. Estamos a viver tempos difíceis para a democracia e para as liberdades, designadamente a liberdade de expressão. O PS está a perder gradualmente a sua tradição liberal, a sua veia tolerante e a sua marca democrática que parecia inamovível. O PS está a deixar que as suas pulsões escondidas, jacobinas, de intervenção estatal, de condicionamento da livre expressão e de intolerância apareçam à superfície e se transformem em método de acção. A liberdade, em Portugal, não depende só dos socialistas, mas está por eles muito marcada. Se faltar o seu contributo republicano, democrático e liberal, poderemos ter de viver tempos cinzentos que julgávamos ultrapassados por muitos anos. Num país, como o nosso, em que a direita liberal é tão escassa e volúvel, a esquerda democrática é essencial. Mas, se é a primeira a não respeitar as suas boas tradições, então temos um problema!Público, 18.8.2019

quinta-feira, 13 de junho de 2019

Data para o nosso XI Encontro



A pedido da Comissão Organizadora do nosso XI Encontro através do amigo João Lisboa registo a seguinte mensagem:

- A data para o XI Encontro, será de 28 de Setembro.
- Local na Senhora da Azenha
 
Pede-se aos participantes que reservem este dia para o encontro. Oportunamente serão dados pormenores.

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

O Padre José Pedro e o livrinho D. Bosco

Mais uma vez o Aurélio se lembrou de uma historieta do Colégio. Enquanto ele não consegue 'postar' (que termo mais desconchavado!!), aqui fica:
"

Já percebi que, afinal, não é fácil "entrar" na categoria de comunicação do nosso Blog; desta forma, continuo a solicitar a tua colaboração, tendo a certeza absoluta da não utilização de quaisquer métodos de censura, existentes, ou a inventar....
Aí vai mais uma " estória"

                                  D. BOSCO

Manhã primaveril, céu azul celeste, sem nuvens a encobrir os ainda tímidos raios de sol que nos empurravam para os locais previamente conquistados, em função de critérios de todos desconhecidos, mas aceites por direito consuetudinário, O grupo dos juvenis , ou jogava à bola( muda aos 5, acaba aos 10), ou tentava aprender a arte da sedução com os "Veteranos".
A grande "chatice" era campainha da D. Irene que interrompia, sem quaisquer explicações o estado de graça dos alunos.

Encostado ao balcão da D. Irene, frente a frente com a entrada principal, local classificado como excepcional, quais répteis, expostos ao fraco calor matinal, do grupo masculino de S. Miguel de Acha (João José, João Lisboa, Zé Manuel Carreiro, José Robalo, Zé Alexandre, Virgílio ...), perante o ar apressado, como rotina do Padre Pedro, saiu, após o rotineiro Bom Dia, o simbólico alarme/ epíteto
         " AÍ VAI O D.BOSCO"
Minutos depois, agitado, faces avermelhadas, gotículas de suor escorrendo  pela face, desceu as escadas de 2/2 degraus, quase denunciando situação crítica,  reentrou na " Station" que o Sr. Zé Maria não tinha acabado de estacionar, saindo em velocidade, desaparecendo muito rapidamente lá para os lados do Sr. Gaudêncio.
Regressou da parte da  manhã, feliz, sorriso  aberto, contagiante, percorreu  todas as salas, e entregou a cada aluno um LIVRINHO de bolso, papel tipo Bíblia, capa cinzenta de plástico maleável.
Curiosidade geral what  happened?:

   Título do livro: DOM BOSCO
"

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