domingo, 22 de abril de 2018






 IRMANDADES SECRETAS E PERVERSAS.  (PAGA, ZÉ.)

Uma das mais poderosas sociedades de advogados nacional, a PLMJ, foi recentemente investigada no caso da “Máfia do Sangue”. Um dos seus sócios foi mesmo constituído arguido. Dois dos seus mais proeminentes representantes são José Miguel Júdice e Nuno Morais Sarmento, ambos advogados, políticos e comentadores televisivos, na RTP e na TVI. Nos seus programas semanais, ambos fugiram ao tema escaldante da corrupção nos negócios do sangue, com a cumplicidade dos jornalistas que, embevecidos, os entrevistavam.

Este é um modelo que representa o “modus faciendi” das sociedades de advogados. Usam a sua posição de comentadores nas televisões a seu bel-prazer para defender os interesses dos seus clientes e camuflar a informação negativa. Exemplos de personalidades de tripla face (políticos, comentadores e advogados) são muitos. Temos, assim, António Vitorino, sócio da firma “Cuatrecasas” ou Marques Mendes, da todo poderosa “Abreu Advogados”.

Sociedade igualmente relevante no panorama português é a “Morais Leitão, Galvão Teles Soares da Silva e Associados”. Lança jovens na política e no Direito como os ex-governantes Assunção Cristas, Adolfo Mesquita Nunes ou Paulo Núncio. Ou o actual advogado/deputado do CDS Francisco Mendes da Silva. Os interesses dos seus clientes são defendidos no comentário político televisivo na SIC por Lobo Xavier que comenta toda a actividade política e económica sem que os telespectadores se apercebam das suas ligações ao Grupo Mota-Engil, ao BPI e a outros tantos interesses.

É também destas sociedades de causídicos que sai a legislação que mais prejudica os portugueses, como a das ruinosas parcerias público-privadas, elaborada na “Jardim, Sampaio, Magalhães e Silva”, a que dão corpo e nome os socialistas Vera Jardim e Jorge Sampaio. Vera Jardim, que debate na rádio com Morais Sarmento, da já citada PLMJ. E até os interesses estrangeiros mais obscuros são representados por estas sociedades. A “Uria Menendez” vem defendendo, através do todo-poderoso Daniel Proença de Carvalho os interesses de Eduardo dos Santos, Ricardo Salgado e Sócrates. Proença faz comentário político na rádio sem revelar quem serve. Preside à Administração do “Jornal de Notícias” e pode assim censurar as vozes incómodas aos negócios dos seus clientes. 

As sociedades de advogados são, em Portugal, as irmandades perversas do regime, as verdadeiras sociedades secretas. Fazem Leis, dominam a política, condicionam a comunicação social. E os seus membros actuam disfarçados.

Paulo Morais

segunda-feira, 16 de abril de 2018



Transgénero

Os Super-Homens legisladores

  • Pedro Afonso
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Não existe qualquer base científica ou justificação médica que autorize um adolescente de 16 anos, cujo córtex pré-frontal ainda não está completamente desenvolvido, decidir livremente mudar de género
O parlamento aprovou, com o júbilo próprio dos incautos, uma lei que permite mudar de género aos 16 anos, sem necessidade de relatório médico. Mas, não existe qualquer base científica ou justificação médica que autorize um adolescente de 16 anos, cujo córtex pré-frontal ainda não está completamente desenvolvido, decidir de uma forma livre, madura e responsável mudar de género. Além disso, está em causa um verdadeiro problema de saúde pública que esta lei não protege.
A disforia de género é uma condição clínica em que existe um conflito entre a perceção do indivíduo sobre as suas características sexuais primárias (dimensão biológica) e o género experienciado (dimensão psicológica). Convém deixar claro alguns pontos para se compreender o que está em causa com a aprovação desta lei:
  1. O mal-estar e o sofrimento psíquico associado a este conflito não se resolvem com uma simples ida ao registo civil para mudar de género. É absolutamente falso que se solucione um problema complexo como este, desta forma tão simples.
  2. Na maioria destes casos existe psicopatologia prévia que tem de ser tratada e acompanhada pelos médicos psiquiatras e outros profissionais de saúde. Por exemplo, comparativamente à população geral há uma maior prevalência de depressão, suicídio, observando-se ainda um número elevado de casos de experiências traumáticas prévias e disfuncionamento familiar. A lei não substituiu a terapia para estes casos, mas dá uma indicação de que a mesma não é necessária.
  3. Existem doenças psiquiátricas (por exemplo, a esquizofrenia ou a perturbação dismórfica corporal) que não são verdadeiros casos de disforia do género, mas que se confundem com estes, obrigando a um diagnóstico diferencial. Ora, no registo civil não há psiquiatras de serviço.
  4. Importa sublinhar, sem receios de ser politicamente incorreto, que embora ocorram raras situações em que “os rapazes se sentem raparigas e as raparigas se sentem rapazes”, o ideal e desejável é que haja uma coincidência entre identidade biológica e identidade psicológica/sociocultural da sexualidade. O Estado não deve promover, de forma irresponsável e através de uma lei, essa dessincronia.
Esta lei que foi aprovada é essencialmente ideológica.  Baseia-se na ideologia de género que, pelo seu radicalismo, se opõe à ciência e à boa prática médica. Esta ideologia teve início nos anos 60, na sequência do movimento de contracultura. Nessa altura, a psiquiatria também foi atacada e procuraram destruí-la, negando, por exemplo, a existência de doenças psiquiátricas como a esquizofrenia. Os resultados foram desastrosos, principalmente em Itália, sob a influência de Franco Basaglia, com milhares de doentes a serem privados de cuidados psiquiátricos adequados.  A história repete-se.
A aprovação desta lei, juntamente com a discussão prevista para breve sobre a legalização da eutanásia, revela que existe um ambiente político de hostilidade face à medicina. Senão, vejamos: no caso da mudança de género, não se compreende por que razão os médicos são expulsos deste processo; não se compreende os motivos pelos quais se menosprezam a prática clínica e o conhecimento científico acumulado durante anos de estudo sobre este tema clínico. Por outro lado, também não se compreende a necessidade de se aprovar uma lei que legaliza a eutanásia, que não foi pedida pela maioria dos médicos, e que vai contra a tradição hipocrática da medicina.
A ambição obsessiva de alguns deputados controlarem, pela via legislativa, a natureza e o momento da morte, faz-nos supor que estamos perante “Super-Homens legisladores”; uma espécie de semideuses dotados de poderes especiais sobre a humanidade.  É verdadeiramente assustador a forma leviana e imprudente como se legisla a granel sobre estes assuntos, tão delicados, que envolvem a vida de pessoas fragilizadas pelo sofrimento. É preocupante que existam políticos que não tenham dúvidas sobre as consequências que poderão ocorrer no futuro, através da aprovação de leis que interferem com a vida humana, naquilo que ela tem de mais íntimo e profundo.
Resta-nos a esperança de que o Presidente da República não tenha as mesmas certezas destes Super-Homens legisladores e vete esta lei.
Médico Psiquiatra

sexta-feira, 13 de abril de 2018

800 Anos do FORAL de PROENÇA

Informo todos os Antigos Alunos, Professores e Funcionários do Colégio de Medelim, bem como todos os que visitam este blogue, que no Domingo 22 de Abril de 2018 têm início as Comemorações dos 800 Anos do Foral de Proença-a-Velha, que decorrerão até Abril de 2019.
Ao longo deste período (Abril de 2018 a Abril de 2019) serão vários os eventos de natureza cultural que se irão realizar em Proença, nomeadamente Colóquios, Concertos e Exposições.
Para saberem o programa para o dia de abertura basta clicarem na imagem que aqui se apresenta:
Se andarem por perto apareçam...

segunda-feira, 2 de abril de 2018


Politicamente Correto

Um preto de cabeleira loura ou um homossexual no CDS não é natural

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A ideologia tornou-se biologia. O comunista hoje é o activista. Luta das comunidades em vez de luta de classes. Por isso o dirigente homossexual do CDS é como o preto de cabeleira loura: não é natural
Um preto de cabeleira loura, um branco de carapinha ou um homossexual no CDS não é natural. Natural é o homossexual ser do Bloco de Esquerda. Ou pelo menos de esquerda. Quando, a propósito de Adolfo Mesquita Nunes, Fernando Rosas declarou “O CDS até tem um dirigente gay! Ai que moderno que ele é!” exprimiu com notório mau gosto mas com muita clareza a intrumentalização ideológica subjacente a essas entidades que agora por aí pululam – as comunidades – e ao discurso comunitarista.

É a comunidade homossexual mais a comunidade cigana. A comunidade muçulmana. A comunidade lésbica. Há comunidades, como a dos afro-descendentes, que ao certo nem se percebe por quem é constituída: um negro nascido na Amadora é mais afro-descendente que um branco nascido em Luanda?
Por todas estas comunidades falam uns alegados representantes cuja importância decorre não do reconhecimento que têm entre aqueles que dizem representar mas sim do eco conseguido pelas suas declarações. Estas invariavelmente reproduzem, devidamente adaptadas às suas particulares e físicas circunstâncias, a cartilha marxista leninista. Onde antes estava a condição de classe está agora a pertença a uma ou várias comunidades.
Na luta contra o modo de vida ocidental, a comunidade substituiu o proletariado. Este último não só perdeu o préstimo político como até desatou a votar em que não devia. Consequentemente as suas filhas podem ser violadas, abusadas, prostituídas e em alguns casos assassinadas perante o silêncio das autoridades como aconteceu  em Rotherham e Telford, Inglaterra.
Como foi possível que entre 1980 e 2012 grupos de homens sequestrassem, drogassem, espancassem, violassem… milhares de meninas e adolescentes, em Inglaterra? Muitas das vítimas estavam sob alçada dos serviços sociais mas quando se queixavam à polícia e aos serviços sociais ninguém as tomava a sério. Muito menos se registava a identidade dos agressores e escamoteavam-se os dados que mostravam a existẽncoa de redes de pedofilia. Tudo isto foi possível porque as vítimas eram a chamada “easy meat”: raparigas brancas provenientes de meios pobres. Mas não só. Isto foi possível  porque os agressores pertenciam a uma das comunidades que substituiu o operariado no organograma instrumental da esquerda: muçulmanos originários, eles mesmos ou as suas famílias, de países como o Paquistão e o Bangladesh. E assim a maior preocupação das autoridades não era proteger as crianças mas sim protegerem-se a si mesmas das temidas acusações de racismo, que inevitavelmente surgiriam do mundo do activismo quando se revelasse a identidade dos agressores. Logo não podiam admitir qualquer referência étnica aos violadores.
Quando alguns técnicos como foi o caso de  Jayne Senior começaram a tomar a sério as denúncias e a produzir relatórios em que não só incluíam as agressões relatadas pelas jovens mas também dados sobre a identidade e o funcionamento em rede dos seus agressores constataram que ninguém lia essa documentação. Pior, muita dessa informação foi destruída, apagada e alterada como aconteceu aos dossiers produzidos pela advogada Adele Weir cujo trabalho de denúncia lhe valeu uma tenaz perseguição por parte dos serviços sociais e a inscrição num curso sobre diferenças étnicas. Em resumo, o absurdo tornou-se a regra.
À medida que o comunitarismo avança o mundo torna-se de facto um labirinto de paradoxos grotescos. Enquanto o socialismo e o comunismo geraram a miséria e a opressão, o comunitarismo está a tornar a nossa vida uma corrida entre absurdos: em França, forças sindicais da área da educação, o SUD-Education 93, em nome do combate ao racismo, organizam ateliers interditos a brancos e acusam de fascismo aqueles que denunciam essa clara discriminação; em Madrid, o bairro de Lavapiés viveu horas de motim quando vários vendedores ambulantes (“manteros”) de origem senegalesa devidamente instigados por activistas vários atacaram a polícia porque estavam convictos  de que o vendedor ambulante Mame Mbaye morrera a fugir à polícia.
Na verdade Mame Mbaye sofreu um ataque cardíaco e os polícias foram os primeiros a socorrê-lo. Mas quando tal se soube já era tarde: os indignados da comunidade “mantera” tinham destruído lojas e parques para bicicletas, incendiado caixotes… Como não podia deixar de ser os líderes do Podemos acusaram a polícia e pediram a legalização dos “manteros”. Já os residentes de Lavapiés que outrora eram alvo da solidariedade marxista agora pedem sim o apoio da polícia.
Em Portugal, o PCP ainda aposta no controlo do indivíduo-trabalhador: aquilo a que entre nós se chama defesa dos direitos dos trabalhadores mais não é do que o retirar de poder a cada trabalhador e às suas comissões para, por exemplo, negociarem bancos de horas. Mesmo que patrões e trabalhadores estejam de acordo não podem decidir nada porque tudo depende daquilo que os sindicatos decidem na contratação colectiva. Mas é óbvio que o comunitarismo e a respectiva indústria da vitimologia e dosrespectivos pedidos de indemnização por discriminação, sem esquecer o revisionismo histórico, estão em franco crescimento. (Confesso que aguardo com curiosidade o alcance desse revisionismo nomeadamente na sua vertente feminista e no que respeita ao machismo de alguns líderes.)
Algures no estrépito da queda do Muro de Berlim e do falhanço óbvio do comunismo como utopia realizável, a ideologia tornou-se biologia e o comunista deu lugar ao activista. A troca revela-se proveitosa pois não só garante financiamento a rodos através duma nada escrutinada rede de apoios, funcionários, associações, comissões, grupos… como permite manter uma influência que não é afectada pelos resultados eleitorais pois está indexada ao estardalhaço conseguido nos noticiários.
Herdeira da luta de classes aí está a  luta das comunidades capitaneada pelos mesmos que já quiseram dirigir o proletariado. Não por acaso os ditos representantes e os mediadores cumprem muito frequentemente o papel outrora reservado aos controleiros: detectam os desvios agora não à linha justa mas sim à tradição ou à lei particular da comunidade.
Como sempre acontece no marxismo-leninismo, o que cada um pensa, sente ou escolhe não conta nem pode contar. Não há lugar para o indivíduo mas sim para os membros das comunidades. E a comunidade pensa em bloco, vota em bloco (e o Bloco espera que no Bloco). Não cumprir este destino em que biologia e ideologia se cruzam num pesadelo determinista é tornar-se por assim dizer num erro da Natureza (devida e muito biologicamente maiusculada) e num traidor agora não de classe mas sim da respectiva comunidade.
Por isso o dirigente homossexual do CDS é visto como o preto de cabeleira loura do velho anúncio: não é natural.

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