quarta-feira, 17 de outubro de 2018

O Padre José Pedro e o livrinho D. Bosco

Mais uma vez o Aurélio se lembrou de uma historieta do Colégio. Enquanto ele não consegue 'postar' (que termo mais desconchavado!!), aqui fica:
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Já percebi que, afinal, não é fácil "entrar" na categoria de comunicação do nosso Blog; desta forma, continuo a solicitar a tua colaboração, tendo a certeza absoluta da não utilização de quaisquer métodos de censura, existentes, ou a inventar....
Aí vai mais uma " estória"

                                  D. BOSCO

Manhã primaveril, céu azul celeste, sem nuvens a encobrir os ainda tímidos raios de sol que nos empurravam para os locais previamente conquistados, em função de critérios de todos desconhecidos, mas aceites por direito consuetudinário, O grupo dos juvenis , ou jogava à bola( muda aos 5, acaba aos 10), ou tentava aprender a arte da sedução com os "Veteranos".
A grande "chatice" era campainha da D. Irene que interrompia, sem quaisquer explicações o estado de graça dos alunos.

Encostado ao balcão da D. Irene, frente a frente com a entrada principal, local classificado como excepcional, quais répteis, expostos ao fraco calor matinal, do grupo masculino de S. Miguel de Acha (João José, João Lisboa, Zé Manuel Carreiro, José Robalo, Zé Alexandre, Virgílio ...), perante o ar apressado, como rotina do Padre Pedro, saiu, após o rotineiro Bom Dia, o simbólico alarme/ epíteto
         " AÍ VAI O D.BOSCO"
Minutos depois, agitado, faces avermelhadas, gotículas de suor escorrendo  pela face, desceu as escadas de 2/2 degraus, quase denunciando situação crítica,  reentrou na " Station" que o Sr. Zé Maria não tinha acabado de estacionar, saindo em velocidade, desaparecendo muito rapidamente lá para os lados do Sr. Gaudêncio.
Regressou da parte da  manhã, feliz, sorriso  aberto, contagiante, percorreu  todas as salas, e entregou a cada aluno um LIVRINHO de bolso, papel tipo Bíblia, capa cinzenta de plástico maleável.
Curiosidade geral what  happened?:

   Título do livro: DOM BOSCO
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segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Realização do X Encontro


Realizou-se o nosso X Encontro no passado sábado como estava previsto. A Comissão Organizadora agradece a presença dos antigos alunos e professores que compareceram a este nosso evento e regista com muito agrado o elevado nível de satisfação que nos foi manifestado.


A Comissão não teve conhecimento antecipado mas agradece também a colocação de uma placa evocativa do antigo Colégio na parede do edifício por parte da Junta de Freguesia de Medelim que foi descerrada no próprio dia do nosso Encontro na presença dos participantes. Assim fica registada a existência do Nosso Colégio em Medelim para que seja lembrado no futuro.


Foram indicados os seguintes elementos para a organização do nosso XI Encontro:

António Correia
José Adelino Vaz
José Maio
João Lisboa 

domingo, 7 de outubro de 2018

Do nosso amigo Aurélio Costa


Conforme pedido expresso, publico na íntegra o mail recebido do nosso amigo e colega de Colégio Aurélio Costa. Pessoalmente, agradeço-te a iniciativa e informo-te que, embora ausente, estiveste muito mas muito presente no nosso encontro de ontem.

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Meu Amigo
Hoje, dia do X Encontro, no qual não consegui participar(como co-organizador e como participante), fiquei a reler os assuntos no blogue; achei interessante a explicação àcerca do emblema e, depois de alguma lubrificação da " máquina", consegui recordar o HINO lá referido, que segue:

Centro Paroquial de Assistência
Externato S. Bartolomeu
Em Medelim ou em qualquer parte
Não há ambiente que iguale o teu

Há Mães cheias de orgulho e sorridentes
Ao ver passar ufanos e imponentes
Os seus Filhos num garbo deslumbrante
Portugueses leais avante, avante

Não consegui determinar o ano. Recordo somente ser dia de sol.
O Padre Pedro chegou apressado a Medelim mandou reunir todos os alunos e professores ( A Drª PFF...estava lá) no salão da D. Mimi, fez a chamada desde Adérito até Virgílio todos aprendemos o Hino com Padre Pedro a marchar em cima do palco.
Lamentavelmente não consigo reproduzir a música por incapacidade minha( ouvi falar de claves, pentagrama, colcheias, fusas) mas é CHINES para os meus conhecimentos.
Recordo ainda que o Padre Pedro regressava de um serviço fúnebre e tinha outro rigorosamente sobreponível, creio que em Monsanto, ao qual compareceu ao fim da tarde....atrasado, claro.
P.S. Como não consigo entrar no blogue como colaborador (será inépcia ?) peço-te para publicares, caso seja interessante.

um abração

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sexta-feira, 3 de agosto de 2018

                          JÁ QASIM É !! Lá vAI ...


A respeito das calças rotas, quando vejo alguém com elas, sinto sempre uma tremenda 
vontade de pegar numa moeda e dar-lhe uma esmola...
Artigo de José A. Saraiva

 Mulheres Pequeno Cintura Baixa Micro-Elástica Reto Jeans Calças, Algodão Poliéster Verão Sólido«Surgiu uma doutrina, acompanhada por uma crença: tudo é vão, tudo é igual, tudo passou!»  Nietzsche
José António Saraiva - Aqui está a realidade !
Há diversas provas de que a nossa civilização está a chegar ao fim. Uma delas consiste na perda de referências que durante séculos permitiram organizar o pensamento.
Isso verifica-se na pintura, por exemplo. Quando era figurativa, a pintura tinha um referencial – que era a realidade. Era possível dizer se um quadro estava ‘bem’ ou ‘mal’ pintado, confrontando-o com a realidade que pretendia retratar. Claro que isso não bastava. Tinha de haver algo mais, um estilo, um toque de génio que diferenciasse um pintor dos outros. Mas esse ‘referencial da realidade’ perdeu-se. Hoje temos quadros todos pretos ou todos brancos. Não é possível saber se estão bem ou mal pintados.
E o mesmo pode dizer-se para a escultura, para a literatura, para o cinema ou para a música.
A melodia – ou seja, uma linha de continuidade que o ouvinte seguia e ia acompanhando – desapareceu da maior parte das músicas contemporâneas. Muitas delas são conjuntos de sons dispersos, aparentemente sem ligação entre si.
E na escrita verifica-se o mesmo. Um romance contava uma história – que podia ser a história de uma pessoa, de uma família ou de um grande amor. Mas muitos dos romances que hoje se escrevem não têm história. As frases são agrupamentos de palavras que podem fazer ou não sentido. Também aqui o ‘referencial da realidade’ desapareceu. Não se pode dizer se a história é boa ou má, verosímil ou inverosímil, porque deixou de haver história.
E com o cinema passa-se a mesmíssima coisa. O chamado ‘enredo’ perdeu-se. O filme negro de João César Monteiro é o exemplo extremo de não-cinema.
Mas não só nas artes se perderam as referências. Em muitas outras áreas se nota  essa ausência de nexo, ou de sentido, ou de lógica. Por exemplo, nos cabelos cuidadosamente despenteados; na fralda da camisa por fora das calças; nos sapatos a que se retiram os atacadores. Tudo sinais que pretendem transmitir às pessoas um ar negligé, desimportado, de desprezo em relação às convenções – mas que no fundo representam exatamente o contrário: um seguidismo cego em relação à moda…
Neste tema da falta de sentido das coisas – ou de uma cultura do absurdo – o exemplo mais ridículo são as calças rotas. As calças compradas na loja já rotas constituem o exemplo máximo de uma civilização que chegou ao fim da linha e já não consegue inventar mais nada. Então põe-se a rasgar deliberadamente a roupa nova. É o nonsense no seu máximo esplendor!
Tudo começou com os ‘jeans lavados’.
  Quando os bluejeans apareceram, tinham naturalmente a cor da ganga azul. E assim viveram uns bons anos. Mas a dada altura alguém se lembrou de dar aos jeans novos um ar usado – e aí apareceram nas lojas os ‘jeans lavados’. Os jeans novos, com ar de acabadinhos de sair da fábrica, tornaram-se um sinal de parolice, de pessoa pouco ‘vivida’. E os jovens queriam parecer ‘vividos’...
Mas, como todas as modas, os jeans lavados banalizaram-se – obrigando os criadores a puxarem pela cabeça. Mas não tiveram grande imaginação. Dos ‘jeans lavados’ passaram aos ‘jeans puídos’, ou seja, gastos em certas zonas para parecerem muito usados. E a machadada final foram os rasgões. Primeiro nos joelhos, mas depois em toda a parte. Hoje vêem-se jeans a que faltam praticamente as coxas – substituídas por gigantescos buracões! As pessoas que as vestem tornam-se cómicas. Dão imensa vontade de rir, parecendo palhaços pobres!
Entretanto, para dar algum sentido útil a uma moda sem sentido nenhum, arrisco-me a fazer uma sugestão. Sugiro às empresas de confeção têxtil que façam convénios com ONGs atuando em países do terceiro mundo para enviarem para lá jeans novos – recebendo em troca jeans velhos e usados. Que têm mais valor do que os que se vendem nas lojas, porque foram envelhecidos pelo uso e não de modo artificial. E que podem inclusive ter andado na guerra, exibindo rasgões feitos em combate ou mesmo buracos de balas.
Que tal?
Os consumidores ocidentais poderiam satisfazer a sua ânsia de frivolidade – e as populações desses países pobres teriam o prazer de usar calças novas.

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