Recebi ontem, via email, uma fotografia e um texto sobre o Padre José Pedro, para publicação no Blogue.
O autor é o Elias Vaz que aqui nos deixa algumas "curiosidades do Padre José Pedro", como ele próprio diz, que espelham bem a sua personalidade e também a importância que o Colégio teve na vida de todos os que por ele passaram.
O meu abraço ao Elias
João Adolfo
"Por volta do ano de 1966, num belo dia, à hora de
almoço, o saudoso Padre José Pedro chamou um pequeno grupo de alunos para tirar
umas fotografias à entrada de Medelim. Chegados ao local, munido da sua pequena
máquina fotográfica deu uma curiosa e interessante instrução. Quando eu disser
“já” pronunciem todos, ao mesmo tempo, a palavra inglesa “CHEESE” (Tchiz), que
significa queijo. O objectivo era obter, com esta técnica, um breve sorriso
para a fotografia. E, com efeito, experimentem dizer “Tchiz” e constatarão que,
no reabrir dos lábios, se mostram ligeiramente os dentes!
No final, também ele quis ficar na fotografia, que
a seguir se apresenta. O mais velho sou eu, mas o outro aluno e alunas já não
me recordo. Parece-me, contudo, que a menina loira (2ª a contar da direita) era
a Odete, filha do Sr. Américo.
Enfim, o Padre José Pedro era um Homem invulgar, a
quem devo (ainda que a título póstumo) – e, creio, a maior parte dos Antigos
Alunos do Colégio de Medelim – uma palavra de profunda gratidão, pois não fora
o seu espírito de iniciativa e dinamismo muitos de nós não tínhamos tido
oportunidade de estudar e de vir a ter uma vida melhor que a dos nossos pais.
Mas o Padre José Pedro era também um Homem generoso. Registo que quando fui
para o Colégio (Outubro de 1964) as
minhas viagens Monsanto (Adingeiro)-Medelim eram feitas a pé e levava os livros
numa bolsa. Ao ter conhecimento desta situação, o Padre José Pedro deu
instruções para, gratuitamente, poder utilizar a carrinha do Colégio (até
Monsantel) – o que fiz durante alguns meses (depois passei a ir de
bicicleta) - e ofereceu-me, pessoalmente, uma pasta para transportar os
livros.
Para memória futura e preito de homenagem, fica aqui o meu comovido e
reconhecido agradecimento à sua Família."
Elias Vaz
1 comentário:
Gratidão, talvez o maior sentimento do coração humano! Também a saudade. Obrigado por este lindo texto!
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