Olá pessoal
Honorato, o meu problema é não funcionar muito bem com este produto mas parece que está mais ou menos resolvido...
Não sabia dessa história curiosa da sucessão da direcção do colégio. De Medelim tenho uma memória mais remota... como é natural, mas na minha cabeça o director era o Eng. Ressurreição. Lembro-me como me impressionou naqueles primeiros dias! Miúda, ingénua, sem nunca ter saído das asas da mãe... aquele professor impunha-nos um natural respeito... pela estatura, pelo tom de voz... havia qualquer coisa de intimidante que se foi dissipando ao longo do tempo. A minha vocação eram as letras... fraca queda para os números e a verdade é que só fui boa aluna a matemática quando o tive como professor!
João, não te esqueças da festa da cerveja... ou do vinho!
Abraços
Natália
segunda-feira, 28 de junho de 2010
sexta-feira, 25 de junho de 2010
Padre Lamego
À atenção da Luisa e da Natália
Os vosso últimos textos são muito interessantes e não podem ser 'escondidos' como comentários porque, dessa forma, não terão a visibilidade que merecem. O João Adolfo abrirá com certeza a porta do blogue para que vocês insiram os vossos 'posts'.
Ambas falaram dos nossos professores e focaram um em especial, o Padre Lamego. Pois o Padre Lamego também tem história e deixo aqui alguns tópicos para que mais alguém os possa completar.
Como é sabido, o Padre José Pedro foi o director nos primeiros anos e, por questões várias, foi transferido pelo bispo da Guarda para outra localidade da diocese e teve de deixar o Colégio. Ficámos sem director. Era natural que lhe sucedesse o Eng. Ressurreição, já então um distinto professor. Mas havia um obstáculo sério: Não era licenciado. Passou a ser algo como um director executivo, mas tendo formalmente como director esse Padre Lamego que passou a ser também professor. Era um homem um pouco antiquado em especial se atendermos que sucedia a um Homem bastante liberal mesmo no que se referia ao relacionamento com os alunos. Usava um grande sobretudo, era já entrado na idade e tinha as sua próprias ideias sobre a forma como os alunos se deveriam comportar.
No início do seu primeiro ano lectivo impôs uma série de regras de funcionamento bastante mais apertadas do que as que existiam antes. E todos se lembram que à hora de almoço os alunos frequentavam as zonas limítrofes de Medelim muito especialmente o 'leque' que ficava na saída para Monsanto. E havia também alguns namoricos que nunca foram objecto de qualquer observação por parte da direcção anterior. Ora uma das novas regras foi a proibição de os alunos se afastarem das imediações do Colégio porque, segundo as palavras do Padre Lamego era 'inadmissível que metade do colégio namorasse a outra metade' . Não teve grande sucesso.
Quem conta mais alguma coisa sobre esse nosso novo director?
sábado, 12 de junho de 2010
Festa de Finalistas 66/67
No ano lectivo 66/67, frequentava eu o então 5ºAno, organizou-se, creio que pela segunda vez, a Festa de Finalistas do Colégio. Fez-se uma votação na sala de aula para eleger uma comissão de alunos que tratasse dos preparativos e concretizasse a festa desse ano. Coube-me a mim, juntamente com a Maria Amélia, a Natália, a Trindade e o Adérito meter mãos à obra numa tarefa para a qual não tinhamos qualquer preparação nem conhecimentos. Nessa altura, a Festa de Finalistas dava também 'nomeada' ao Colégio o que nos permitiu ter o total apoio da Direcção, nomeadamente na logística que se viria a revelar bastante complicada.
A primeira acção foi realizar de imediato algum dinheiro que nos permitisse fazer face às primeiras despesas pelo que se fez um convite à participação de todos os finalistas com 30$00. A turma contribuiu e esse foi o primeiro passo bem sucedido. Depois foi elaborado um programa. Não podia faltar o Baile e a Récita mas nós queríamos algo mais que nos proporcionasse mais um dia de festa. Sugeriu o Sr Eng. Ressurreição a realização de uma Prova de Perícia Automóvel. Nenhum de nós sabia o que isso era, muito menos como poderíamos organizá-la. Era necessário um local, regulamento, segurança, autorizações, meios específicos, propaganda, etc. etc. Era demasiado para nós. Mas o nosso incentivador tinha um trunfo: conhecia alguém em Lisboa no Clube 100 à Hora que se disponibilizava para tratar de toda a burocracia, fazer o regulamento e vir cá com toda a instrumentação para realizar a prova. Estava perfeito. E que tinhamos nós de fazer? Angariar patrocínios.
Como receita previsível, tinhamos os nossos próprios contributos e as entradas no Baile. Em termos de despesas, haveria que pagar a um conjunto musical e a impressão dos convites para a festa, além de outros pequenos gastos. O orçamento já estava bastante curto e, a somar a isto, haveria que imprimir o regulamento da prova de perícia. Era um pouco arriscado. Solução: publicidade. Fizemos uma grande campanha de angariação de pequenos anúncios publicitários junto dos comerciantes da região para incluir no caderno do regulamento. Convidámos ainda diversas entidades locais e regionais à oferta de taças que constituíram os prémios aos concorrentes. Trabalhámos muito mas fomos bem sucedidos. Claro que o esforço foi de toda a turma e não só da comissão organizadora. O próprio Colégio teve uma enorme quota de responsabilidade no sucesso da festa.
Colocou-se ainda um problema novo e de solução difícil. Onde fazer a festa (o Baile)? Em Medelim não existia uma sala adequada para esta realização e nós não queríamos faze-la noutro local. Pedimos emprestado o lagar de azeite do Dr António de Oliveira. Não era o local apropriado mas com bastante trabalho de 'cenário' e água de colónia conseguimos disfarçar um lagar de azeite tornado-o um local de festa. Cheirava um pouco a azeite mas ninguém se queixou. O conjunto musical 'OS ATLAS' de Portalegre fizeram-nos esquecer as limitações do espaço e proporcionaram-nos uma noite muito agradável.
A Prova de Perícia realizou-se na área do cruzamento de Medelim e teve um sucesso extraordinário. Houve espectáculo, muitos concorrentes, competição, alegria e muitos prémios. Houve até uma taça para a senhora mais bem classificada. Sim, porque houve senhoras a concorrer.
O Baile teve uma boa participação. A Récita foi bastante animada incluindo a participação Coro de Colégio dirigido pelo Sr Tenente Ribeiro e apresentação individual de todos os finalistas com a leitura de uma quadra alusiva a cada um, da autoria do Sr Eng. Ressurreição que tinha um grande sentido de humor e soube destacar as particularidades de cada um de nós. A nossa Festa de Finalistas deveu-se muito a ele. É uma pessoa a lembrar sempre que se fala do Colégio de Medelim.
E foi assim que em 21 e 22 de Janeiro de 1967 tivemos o gosto de concretizar com sucesso a nossa Festa.
Como consequência, fizemos a nossa Viagem de Finalistas à Queima da Fitas em Coimbra nesse ano. Foi também um marco importante no nosso 5º Ano.
É bom recordar esses tempos.
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