Já por aqui se falou do padre Albino Alves Nunes, professor de Moral no Colégio de Medelim até 1971, data em que saiu desta localidade onde era pároco desde 1961.
Se já aqui foi referido, nalguns comentários, chegou hoje a vez de lhe dedicarmos um “post” para lembrar a sua passagem pelo nosso Colégio.
Era o único professor que eu conhecia quando entrei para o Colégio, no ano lectivo de 1966/67, uma vez que era também pároco de Proença-a-Velha e acompanhou toda a minha catequese na Escola Primária.
Nessa época no final de cada ano escolar, para além das Provas Finais para passagem de Classe, tínhamos também o exame de Catequese. Lembro-me perfeitamente de nessas ocasiões estar, juntamente com todos os meus colegas de classe, na Igreja Matriz e irmos depois, um a um, para a sacristia, onde o Padre Albino, acompanhado pelas Catequistas, nos fazia o exame de catequese…
Obviamente que esse facto me colocava, achava eu, em enorme vantagem, relativamente à grande maioria dos meus colegas do 1.ºano!... Havia um professor que eu já conhecia e com o qual já havia tido sucesso em quatro exames! …
É claro que as aulas de Moral no Colégio iam muito além das aulas e dos exames de catequese da Primária e o espírito de alguma abertura do padre Albino terá levado a algumas situações algo embaraçosas como a que o Honorato referiu num comentário ao “post – a anedota” do professor José Rafael.
Mantive sempre uma relação de grande estima e consideração pelo padre Albino e estive com ele a última vez na Segunda-feira da Páscoa de 2006, na Romaria da Senhora da Granja, em Proença. Viria a falecer a 1 de Agosto desse mesmo ano, com 78 anos de idade.
Deixo aqui, como recordação, uma fotografia do padre Albino, numa procissão do Senhor do Calvário em Proença, tirada no início dos anos 60 do século passado, nos primeiros anos da sua passagem por Proença e Medelim.
2 comentários:
Que belo texto!
A gratidão é, sem dúvida, um dos melhores sentimentos do coração humano. O João Adolfo exprime-a bem em forma de admiração por uma pessoa muita serena, afável, afim dos seus paroquianos e alunos, que tive também a dita de conhecer.
Por estas palavras tão bonitas e sinceras que quis partilhar connosco, aqui lhe expresso o meu bem haja. Estou convencido de que interpreto o sentir de muitos mais.
Creio que o Padre Albino era dos poucos professores com quem os alunos conversavam. Não me lembro de uma aula maçuda ou antipática que ele nos tenha dado. Parecia-me que tinha uma alma de miúdo como a nossa. Soube descer até nós e tornar a nossa vida um pouco mais agradável. Só lhe faltou jogar a bola connosco.
Agradecido, Padre Albino.
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