Ora cá está a tal foto que eu tinha prometido à Natália, da actuação da famosa banda rock contratada especialmente para actuar na nossa récita de finalistas!...
Temos da esquerda para a direita: nas teclas, John Toca-Teclas (João Lisboa); na Voz, Little Paul Voz of Cana-Rachada (João Rocha); nas percussões, Jack Arromba-Portas, (Farinha); na viola-solo, Mike Lingrinhas (João Adolfo) e na viola-baixo, George Terror of Cats (Milheiro).
Aqui os “Five Brutals os ENSI” interpretando “Travellin’ Band” uma música que era também tocada pelos Creedence Clearwater Revival.
Atentem na qualidade dos instrumentos e, bem assim, da aparelhagem:
O teclista usa um teclado-virtual, projectado no tampo de uma mesa!...
O microfone do vocalista é de uma tecnologia ultra-vanguardista, demasiado avançada para a época, e muito pouco visto mesmo nos dias de hoje, feito à base de filamentos sedosos, por isso mesmo facilmente confundível com um pincel de caiador!...
O baterista arrancou duas travessas às cadeiras e está a tentar rebentar com os tampos das ditas cujas, algo que só algumas bandas do início do 3º milénio tentaram copiar!...
As violas, ou guitarras como agora teimam em chamar-lhes, são feitas de um material maleável, com claras vantagens ergonómicas e permitindo uma enorme flexibilidade acústico-sonora!...
Com uma banda destas escusado será dizer que, no final da actuação, os seguranças não conseguiram suster as fãs, que invadiram o palco e provocaram a loucura total!...
Moral da história, as actuações da banda viriam a ser proibidas, por parte da polícia secreta do estado novo, razão pela qual lhes perdemos o rasto desde essa data…
Enfim, outros tempos…
P.S.: Professora Júlia, desta banda faziam parte dois dos seus antigos alunos do 3º ano de 1968/69, o baterista (Farinha da Bemposta) e o viola-solo (João Adolfo de Proença). Aqui estavam a cantar em inglês mas cantavam, com a mesma (falta de) qualidade, em francês, italiano, espanhol…
Apresento, de seguida, um vídeo da tal versão dos CCR, para quem não se lembrar da música.
2 comentários:
Amigo João: Não sei se tocavam bem mas coragem, tinham a suficiente. Espero que em fundo estivessem de facto os Creedence que eu ouvi bastante em África precisamente em 71/72. É que tinhamos um gravador mas apenas 2 ou 3 cassetes para ouvir e dos Credence Clearwater Revival tinhamos algumas músicas.
Ainda hoje me sabe bem ouvi-los.
Continua que vais bem na divulgação do que era bom no colégio. Um abraço.
Olá Honorato! Claro que tocávamos bem!... pelo menos o som que se ouvia nas colunas era tal e qual o dos Creedence!... que era, de facto, um dos grupos mais conhecidos e ouvidos naquela época.
Ainda não havia as tecnologias dos nossos dias mas nós lá nos arranjámos.
Mas, como eu disse no outro post (http://colegiodemedelim.blogspot.com/2010/08/recita-de-finalistas-de-197273-iii.html), em que se faz a apresentação da banda, para além da parte divertida da cena houve uma entrevista em que se perguntava aos elementos o que é que pensavam de Portugal, em geral, e de Penamacor, em particular, e algumas respostas não agradaram muito aos senhores da terra...
E, como tu dizes, podíamos não perceber patavina de música (com excepção do Lisboa) mas vontade não nos faltava...
Abraços.
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