Que me desculpe a Natália, pela “desfiguração” da sua fotografia, que considero um documento único, aliás, mas a mesma tem duas pessoas que me fizeram recordar as minhas aulas de Francês do 3º ano.
Enquadremos a história: no 1º ano tive a Francês o P. Lamego, do qual aqui já se falou, nomeadamente por usar métodos demasiado antiquados, que impunha através de uma disciplina excessiva (se calhar ainda reminiscências dos seus tempos de seminário); no 2º ano o professor de Francês foi o Eng. António Ressurreição, sobre o qual não valerá a pena, neste texto, falar pois todos teremos ainda na memória muitas histórias a seu respeito; no 3º ano tive aulas, se a memória não me trai, na sala do 1º andar, em frente à sala de Professores e à sala/refeitório dos rapazes.
Ora bem, então vamos lá às memórias que a fotografia da Natália me avivou: a dita sala tinha uma janela quase em frente à casa do Engenheiro, à porta da qual o filho, ainda muito pequeno, costumava brincar algumas vezes. Nesse 3º ano tivemos a Francês uma professora, relativamente nova que usava umas mini-saias muito de acordo com a época… Ora a dita professora vivia, ou pelo menos almoçava, na casa do engenheiro e gostava muito de brincar com o filho dele…
Nós estávamos na aula de Francês, o catraio vinha para a rua brincar, a professora ia para a janela dizer-lhe umas gracinhas, apoiava os cotovelos no peitoril, debruçava-se um pouco e, … claro, os olhos dos rapazes da turma eram, como que de imediato, atraídos por uma enorme força magnética que irradiava desta cena ternurenta, ... ficando a pedir aos céus para que continuasse por mais algum tempo.
Já havia até quem dissesse que alguns rapazes da turma iam prometer, e oferecer, goluseimas ao pequeno António para vir brincar para a rua sempre que íamos ter aulas de Francês. Não era por nada, era apenas porque achavam que a dita professora tinha dotes … (de educadora de infância), e gostavam que ela os mostrasse… apenas isso, creio eu!…
Na foto destaquei aqueles que acho serem os dois protagonistas desta história, ou, se o não forem, pelo menos fizeram-me reavivá-la…
4 comentários:
Era a Drª Júlia (espero que a memória me não atraiçoe)... Acho que era do Couço e era realmente muito jovem, leve, fresca e de gargalhada fácil... Na altura, já estávamos no Colégio de Penamacor, os deste concelho, mas parece-me que a "sedução" que os rapazes sentiam por ela não tinha fronteiras concelhias... as meninas era mais para o professor de Inglês, o Dr. José Rafael, marido da professora de Ciências, com as suas calças à boca de sino e muito "fashion" para a época...
Belo tratamento da foto, oh João! (mas lembro-me que a sedução dos rapazes não era pela cara, hein?!...). Gostei de saber que era a sua boa relação com o Mico que tanto prazer dava aos rapazes (se lá estivesse o Padre Lamego, ai!, ai!...)
Pois o Mico deu-nos o prazer de estar connosco no nosso último encontro em Penha Garcia. Esteve com a esposa e os seus 3 filhos. Todos uma simpatia com um destaque especial para a mais pequenina, a Margarida. Infelizmente, a professora não esteve lá. Que eu saiba.
Dotes de... educadora de infância! Boa!!!
Como os comentários anteriores fizeram saltar outras cerejas do cesto (como diz a Luísa), decidi publicar um novo "post", dedicado à Professora de Francês do meu 3.º ano, a Dr,ª Júlia.
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